O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira, em Lausanne (Suíça), que acertou a venda dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos no Brasil para a Rede Globo até 2032. A emissora carioca terá exclusividade para transmitir todas as edições de 2018 (de Inverno) até 2032 (Verão) em internet, mobile e TV a cabo. Para a TV aberta, entretanto, o contrato não prevê exclusividade.

"Estamos muito contentes com essa cooperação de longo termo com a TV Globo, que é a empresa de mídia líder no Brasil. Temos excelentes experiências de trabalho com a Globo e por isso decidimos estender a nossa parceria e colaboração até 2032. É um acordo a longo prazo, que vai trazer benefícios mútuos", disse o presidente do COI, Thomas Bach.

Os valores do negócio não foram divulgados, mas o contrato surpreende pela duração do acordo. Em junho, o grupo que detém os canais Discovery comprou os direitos dos Jogos Olímpicos para a Europa até 2024. Também os contratos relativos a Japão, China e Coreia do Sul vencem em 2024.

O outro grande mercado é os Estados Unidos, que tem o contrato mais caro do movimento olímpico, com a NBC tendo pago US$ 7,75 bilhões para ter exclusividade nos EUA até 2032. Só Globo e NBC têm acordo até esta data.

Depois de perder os Jogos de Londres-2012 para a Record, a Globo assegurou o direito de transmissão das Olimpíadas de 2014 (de Inverno, em Sochi) e de 2016 (no Rio) para as quatro plataformas. À época, a Band foi sua parceira na aquisição para a TV aberta, enquanto a Record fechou um acordo paralelo com o COI também só para TV aberta.

"Levar os valores olímpicos ao povo brasileiro, através de diversas plataformas de mídia, é um desafio que o Grupo Globo tem orgulho de assumir. Através da Agenda 2020, o COI determinou uma estratégia clara para o desenvolvimento do esporte e a promoção dos valores olímpicos de forma global. Temos muita confiança em um futuro brilhante para o movimento olímpico", comentou Roberto Irineu Marinho, presidente do Grupo Globo.


A Globo é um dos "apoiadores oficiais dos Jogos Olímpicos do Rio-2016", junto com marcas como TAM, Skol, Batavo e Sadia. A Olimpíada carioca tem ainda dois outros tipos de cotas mais nobres: "patrocinadores olímpicos mundiais" (que detém contrato de longo termo com o COI) e "patrocinadores oficiais dos Jogos do Rio" (apenas para esta edição).