Conforme os radiodifusores, eles aceitaram abrir mão da margem de erro da pesquisa em favor do desligamento, o que na prática significa que o sinal poderá ser desligado com 90%. Aceitaram também considerar como aptos os domicílios exclusivamente atendidos com TV a cabo e também os domicílios com cabo digital, cujo segundo aparelho esteja apto para receber a TV aberta digital. Os radiodifusores também abriram mão da aferição da TV a cabo, a partir do terceiro aparelho, ou seja, é necessário que um aparelho esteja conectado no cabo digital, o segundo digitalizado, a partir do terceiro não importa.” Mesmo assim as teles consideram pouco”, reclamam as emissoras de TV.
Na reunião da semana passada do Gired, o resultado oficial da pesquisa de opinião após a data de 29 de novembro, quando deveria ter sido desligada a TV analógica na cidade de Rio Verde, em Goiás, não foi apresentado na reunião porque os radiodifusores se insurgiram com os cenários apresentados pelo Ibope, que não teria adotado os critérios oficiais, o que levou a ser encontrado o atendimento entre 79% a 91% das residências de Rio Verde. “Falar que se alcançou 91% das residências, é mera ficção”, alegam os radiodifusores.
Ainda conforme os interlocutores, em Rio Verde, 76% das famílias cadastradas no Bolsa Família retiraram o receptor, mas destas, 22% não instalaram o conversor. As que não retiraram ou não têm interesse, ou estão em zonas sem cobertura do sinal de TV aberta ou já têm uma TV com recepção digital.
Programação
As emissoras de TV também refizeram a sua proposta quanto à publicidade invasiva, com um lettering informativo de 25% da tela (12,5% acima e 12,5% abaixo), além da inserção de uma série de cartelas informativas e vídeos tutoriais. “Mas não aceitamos em nenhuma hipótese renegociar o percentual de 93% nem uma publicidade que invada o conteúdo do telespectador.
Mas os radiodifusores insistem na necessidade de mudança na condução do processo, com maior engajamento de diferentes setores do governo. Uma das ideias, de ampliar a distribuição dos conversores para a TV digital sem o Ginga, para todo o Cadastro Único do governo (o duplica o número de beneficiados), conforme admitiu o ministro André Figueiredo na semana passada, encontra resistências dentro do próprio governo. Alguns ministérios, como o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, não querem mudar o equipamento.
Segundo os operadores de telecom e os radiodifusores (que nesse caso estão do mesmo lado) o conversor com o Ginga ficou “tão caro que deverá consumir o total dos R$ 3,6 bilhões alocado para todo processo de switch-off, ficando sem orçamento o remanejamento, interferência, comunicação, logísticas e administração”.
0 Comentários
ATENÇÃO!! O espaço destinado a comentários é referente ao assunto abordado e que suas perguntas não relacionadas serão ignoradas;
Emoji